"A música comunica emoção e integridade. Dizer que o que elas fazem é música é um engano". Saiba que cantor e compositor não leva a música pop a sério. |
Tem 45 anos e um álbum - Destroyed - recém-editado. No final do século XX gravou um dos discos que mais música vendeu à publicidade - Play , de 1999, teve nove (9!) singles editados entre 1998 e 2001. Na semana em que foi editado vendeu apenas 6 mil cópias; um ano depois, os discos saíam dos escaparates ao ritmo de 150 mil por semana. Os quatro álbuns que lançou na década seguinte não repetiram a façanha. Em declarações ao site Spinner, Richard Melville Hall de seu verdadeiro nome - mas Moby para quase toda a gente - mostra uma visão bastante pragmática do que é a música. Ou do que não é - e estrelas pop como Britney Spears ou Ke$ha não são, segundo o artista norte-americano, música. São outra coisa. "É giro, mas não vejo o que fazem como música. É tudo fabricado. Aprecio-as enquanto fenómeno cultural e até nem me importo de ouvir as canções num centro comercial ou algo do género, mas não funciona como música para mim", justifica-se. "Música é algo que comunica emoção e integridade de uma maneira realmente interessante e direta. E quando ouço esta música pop encontro apenas um produto comercial hiperproduzido. Nem sequer é uma crítica; acho é que chamar-lhe 'música' é um abuso". Curioso é que, nos idos de 2003, Moby chegou mesmo a colaborar com Britney Spears no álbum In The Zone , assinado pela cantora. Moby considera Spears uma pessoa "destruída" e culpa a "fama precoce" quando se refere ao esgotamento nervoso pelo qual a cantora passou no final da década passada. Contudo, o músico não deixa de reparar que esse aspeto "danificado" de Spears é parte do seu encanto. |