segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Rihanna faz megashow em sua cidade natal

Quando Robyn Rihanna Fenty deixou Barbados, ela ainda era uma adolescente de 15 anos. Nunca havia feito um show lá. Cantava somente na igreja New Testament Son of God, a poucos metros de sua residência na rua New Westbury. Agora, aos 23 anos e milhões de dólares mais rica, ela volta para casa para uma mega-apresentação no Kensinton Stadium, assistido por 27 mil pessoas, mais de 10% da população local de 258 mil habitantes. O DIA viu o show e adianta como é ‘Loud’, espetáculo que vem ao Rock in Rio no dia 23 de setembro e passa ainda por São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.


“Faremos algumas modificações para a apresentação brasileira. Talvez mudemos a ordem das músicas, o palco pode crescer, ganhar mais um telão. Teremos grandes efeitos especiais”, conta Joe Sanchez, diretor do espetáculo.
Os efeitos especiais, na verdade, apenas complementam a sensualidade de Rihanna no palco. A cantora mostrou que tem o rebolado de Barbados na veia e que não esqueceu suas raízes. Um dia antes de se apresentar para os conterrâneos, ela visitou sua antiga vizinha Dawn Johnson, 51 anos, que a viu crescer. “Lembro quando ela sentava na escada da varanda, aos 9 anos, cantando e fazendo o dever de casa. Ela gostava da Mariah Carey. É uma menina doce, nos visitou, trouxe o livro da turnê dela. Custa US$ 250, sabia?”, gaba-se Dawn.
Na ilha, apesar de ser uma celebridade, a cantora anda livremente, dirige seu próprio carro, mergulha nas praias locais e toma sol na areia. À noite, gosta de ir à boate Sh&p in. “E quando sai, come um hambúrguer no trailer, sentada na calçada”, entrega um segurança do lugar.
Na escola, a Combermere School, onde estudou até os 14 anos, Rihanna não é esquecida. “Ela ganhou seu primeiro concurso de talentos aqui”, relembra June Browne, secretária do colégio. O boletim mostra que ela foi uma aluna regular e, no último ano, não passou em uma matéria porque faltou muito.
Sensualidade e muito suor no palco
Dividido em cinco partes, mais o bis, o show da turnê ‘Loud’ é repleto de efeitos especiais e figurinos coloridos. Rihanna subiu ao palco com mais de uma hora de atraso porque, no último momento, queria trocar a ordem das roupas que usaria. Mas como já estava tudo sincronizado e cada troca leva dois minutos, acabou ficando com a ordem original.
Com uma capa azul, Rihanna abriu o espetáculo cantando ‘Only Girl in The World’, mas logo arrancou o acessório, ficando só com um biquíni colorido em ‘Disturbia’. Plataformas que se moviam para frente e para trás no chão do palco faziam a cantora deslizar de um canto a outro. Com fôlego, Rihanna rebolou e suou muito para animar os fãs.
Foto: Fabio Dobbs / Agência O Dia
Performance de Rihanna conta com figurino colorido e efeitos especiais
“Temos quatro câmeras fixas com cinegrafistas e duas robôs para pegar todos os ângulos. Da mesa de controle, eu consigo editar as imagens que aparecem nos telões”, diz Bertrand Paré, diretor de vídeo.
As roupas coloridas deram lugar ao preto na parte do show batizada de ‘Sex’. Nela, Rihanna se soltou. Vestida com um smoking, ela surge no centro do palco em um trono, cantando ‘Darling Nikki’. É cercada pelas bailarinas, que logo arrancam sua roupa e, de maiô preto, na música ‘S&m’, a cantora é acorrentada por dois bailarinos e mostra toda a sua flexibilidade. Liberta das correntes, ela puxa da plateia supervip, que assiste ao show dos dois lados do palco, seu tio, e faz com ele uma simulação de sexo. A plataforma no centro do palco abaixa e ela some de cena. A volta é em cima de um tanque rosa, vestida de general.
Com quepe, capa e um microvestido prateado, ela solta a voz em ‘Hard’ e exibe sua habilidade na bateria em ‘Glamorous Life’. Termina com seu pelotão de bailarinos alinhados num mix de ‘Run This Town / Live Your Life’.
Na parte mais lenta do show, que recebeu o nome de ‘LoveHate’, Rihanna sobe no centro do palco numa espécie de jaula. O romantismo toma conta com ‘Unfaithful’ e segue com ‘Hate That I Love You’ e ‘California King Bed’. Depois da calmaria, o ritmo acelera na quinta e última parte intitulada ‘Fun’. Nela, Rihanna toma até uma dose de rum, a bebida local de Barbados, para celebrar a música ‘Cheers or Fading’. A tão esperada ‘Umbrella’, que a fez despontar para o mundo, só aparece no bis.