terça-feira, 6 de setembro de 2011

“O que torna um sonho impossível é não acreditar nele.” – Dulce María


Às vezes sonha que voa e se pudesse ser uma super-heroína, adoraria se transformar na Mulher Maravilha.
Assim, idealista, é a cantora e atriz mexicana Dulce María, quem tem feito de sua vida uma extensa compilação de sonhos que se tornam realidade, por isso que hoje, aos seus 26 anos, se conta em seu currículo da vida inúmeras gravações de comerciais de TV, novelas, filmes, um livro, uma série de canções de sua autoria e sucesso depois de participar da novela juvenil Rebelde, que também a levou a cantar junto aos seus ex-companheiros, tornando-se a revelação musical RBD.

Quem a conheceu em 2004 se lembrará dela como Roberta Pardo, mas por trás desta participação há uma longa história de roteiros em novelas, como a Marcela, papel que encarnou em Clase 406, apenas para mencionar um.

Atualmente tem pouco tempo para a atuação, porque acaba de se tornar uma Extranjera, após iniciar sua carreira solo, tem uma agenda lotada que não a concede férias há mais de dois anos.

Para ela, os sonhos têm se tornado realidade
“O que torna um sonho impossível é não acreditar nele (…) estou apenas cumprindo a ilusão de ter meu CD e minha carreira solo”, diz a cantora que também está ciente de que esta nova fase de sua carreira significa um compromisso maior, no qual exige ainda mais seu lado profissional para corresponder as expectativas de seus fãs e de uma gravadora que a cada dia a dá lugar à novos produtos que buscam conquistar um mercado ambicioso por novas propostas musicais.

Com esta responsabilidade pegou suas malas e saiu em turnê para shows e para promover a segunda parte de seu CD Extranjera, que a trouxe até Venezuela, onde por uma semana esteve compartilhando com fãs e meios de comunicação.

Barquisimeto foi uma das cidades que teve o privilégio de recebê-la, e foi precisamente o palco do Teatro Juares, o que lhe abriu as portas em sua primeira apresentação como cantora solo neste país.

Entrando no assunto…
“Me sinto muito feliz, porque fazia muito tempo que queria voltar à Venezuela e aos meus fãs, a gravadora e eu batalhamos muito para fazer isto possível (…) e agora além de vir em promoção, também se abriu data para dar um show em Caracas em setembro”, conta Dulce María.

O que promete aos seus fãs para o show de Caracas?
Pois este será meu primeiro show solo aqui e cantarei as canções da primeira e segunda parte de Extranjera, além de relembrar os sucessos de RBD, porque tenho um medley com as canções que mais gosto, mas não adianto porque é surpresa (Risos).

Mesmo que Dulce María diz já ter 21 anos em frente às câmeras, foi sua participação em Rebelde que a levou à fama mundial, esperava por isso?
Não. Acredito que quando sonhas algo e faz porque gosta, sempre tem esperanças de que tudo saia bem e faz o melhor que pode (…) mas, em geral, nunca imaginamos chegar a ser tão grandes e queridos em tantos países, isso nos chegou de surpresa e foi uma grande experiência que soubemos aproveitar.

Qual a semelhança de Dulce María e Roberta Pardo?
(Pensa…) Não seguem exatamente as regras, eu também odeio as injustiças e as mentiras, sou fiel aos meus amigos e não gosto de superficialidade.

Se despediu de RBD e iniciou uma carreira solo com um CD chamado Extranjera, porque esse nome?
Porque tenho me dedicado ao meu trabalho faz alguns anos e durante esse tempo, emocionalmente sinto que não estou num lar, então a palavra “extranjera “envolve isso, que não é de lugar algum (…) com esse CD demonstrei a mim mesma que não há nada impossível enquanto estiver vivo.

Suas canções tratam de experiência pessoais?
Justamente falam de algo diferente, nenhuma fala de um amor permanente, a única que é algo incondicional é “Lo intentaré”, que a dedico aos meus fãs porque sempre estão perto de mim, seguindo meus passos.

Começando com músicos como Chino e Nacho, com quem teve a oportunidade de gravar “Navidad navidad”, que referências tem do talento venezuelano?
Franco De Vita me parece incrível, eu o admiro muito, porque ele parece ser super humilde apesar de quão grande é (…) conheci Víctor Drija e este garoto é muito bom, acredito que há muito talento e sensibilidade neste país.
Seus ex-companheiros Christian e Anahí se reencontraram para gravar um tema chamado “Libertad”, gostaria de gravar um dueto com algum dos ex-RBD?
Apesar que todos ficamos amigavelmente muito bem, cada um está fazendo sua carreira solo e neste momento não tenho nenhum plano para fazer colaborações com eles (…) deles guardo o gênero Pop, chegamos a lugares do mundo onde nunca acreditei que me escutariam, e a banda nos abriu muitas portas, que hoje cada um, separado, está sabendo aproveitar.

Entre ajuda e temas sociais:
Tem uma fundação chamada “Dulce amanecer”, o que te levou à sentir necessidade de se envolver com as causas sociais?
Eu acho que na vida você precisa criar responsabilidade das coisas que acontecem, e se tenho uma maneira de ajudar um pouquinho que seja, devo aproveitá-lo (…) às vezes vejo fãs gastando dinheiro comprando presentes, e prefiro que colaborem com a fundação, na qual vendem rifas ou minhas roupas, e outros objetos meus que eles gostariam de ter, então com isso ajudamos ao próximo, assim como fizemos com os afetados do terremoto no Haití, depois no Chile e agora faremos com as mulheres indígenas do México.

Protagonizou o filme “¿Alguien ha visto a Lupita?”, que foi recém exibido no Festival de Cinema de Los Ángeles e agora vai ao Chile,  além de humor, possui um grande conteúdo humano?
Sim, fiz uma personagem muito especial, porque Lupita é uma menina que todos acreditam que seja louca, mas você pára para se perguntar quem é mais louco, se é a sociedade ou a menina, que continua preservando sua inocência e por ser diferente a discriminam (…) é divertido, mas deixa uma mensagem ao público.

É bem sábia por seu desempenho no cinema e nas novelas, onde consiste a diferença?
Como atriz acredito que no cinema tem a oportunidade de fazer um personagem sólido, porque sabe o começo e o fim (…) mas nas novelas pode variar de um dia para o outro o roteiro, depende da audiência que tenha, do que está na moda, muda muito facilmente.