segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Justin Bieber dá aula de pop às crianças


Posso não gostar dos movimentos coreografados e robóticos, do formulaísmo dos quadros, do repertório. Mas não há como não se render ao talento musical do cantor e compositor canadense Justin Bieber. No último show que ele fez no Brasil, na noite de domingo no estádio do Morumbi, Bieber se mostra mais afinado e seguro em um palco aos 17 anos do que muito adulto consagrado.
Biber dançou, cantou, fez crinhos e deu um buquê de flores a uma menina escolhida no público (procedimento que, mutatis mudantis, copia de seu mestre, o cantor pop Usher, que costuma levar uma fã à cama durente os shows), mostrou nos telões a restrospectiva de sua vida – e reservou um bom tempo do espetáculo para mostrar que sabe cantar e tocar vários instrumentos: violão, bateria e piano. Sua desenvoltura no palco é tamanha, que ele até mesmo fingiu falar ao telefone durante um intermezzo instrumental; as fãs juram que ele estava mesmo conversando ao telefone, e disse que não podia falar naquele momento, no ápice do show.
O desempenho de Bieber foi excelente, até porque ele soube se cercar de bons músicos e dançarinos de alta qualidade. Os milhares de bebês presentes (havia cerca de 60 mil pessoas no estádio), cantaram e tiveram uma aula de música pop. E isso basta para um espetáculo a eles dedicado. Justin prepara as novas gerações para seus futuros triunfos. Ele provavelmente é um novo Michael Jackson, quer gostemos dele ou não.